Esta troca entre autor e leitor é que faz a magia da leitura, pois os textos são escritos sem destino certo, e acabam fazendo milagres onde quer que cheguem.
A maioria dos poemas de cordel vem com ilustrações feitas em xilogravuras, o que aproxima ainda mais a história do leitor, além disso, ainda apresentam uma sistematização na construção dos versos, sendo mais usados os sextetos, octossílabos e decassílabos.
Além de escrever os versos, os poetas ainda recitam suas criações em praça pública e em diversas reuniões populares, tudo feito de forma cadenciada e melodiosa, contando com acompanhamento de violões, para animar e atrair os compradores dos Cordéis.
Como esta literatura é extremamente famosa, em 1988 foi criada a Academia Brasileira de Literatura de Cordel, provando que o gênero é sério e merece todo respeito, assim como os demais.
Os autores nordestinos, em sua grande maioria, cresceram ouvindo o Cordel, e por isso, sofreram grande influência deles, valendo-se de suas rimas, suas estratégias de criação, seu vocabulário e muitos outros.
Os mais famosos deles são Patativa do Assaré, representante da Literatura de Cordel e ainda outros, que têm o gênero literário diferenciado como Graciliano Ramos, que como ninguém, soube retratar as agruras vividas pelo povo nordestino em seu célebre romance Vidas Secas.
Além deles ainda podemos citar Jorge Amado, que mostrou a verdadeira face da Bahia, e ainda a beleza e a sensualidade da mulher brasileira em todos os seus romances, principalmente em Gabriela.
Também representantes femininas descreveram o nordeste e seu povo, como Rachel de Queiroz e autores mais tradicionais como José de Alencar, Aluízio Azevedo, Gonçalves Dias, e ainda muitos outros.
A Literatura Nordestina merece todo apreço,pois nos deixou inúmeros representantes que enriqueceram ainda mais a Literatura Brasileira.
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